quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

As mentiras imperdoáveis num currículo

Vai concorrer ao emprego de sonho e sabe que o currículo é decisivo
conseguir chegar à entrevista. Valerá a pena mentir?

Currículos devem ser verdadeiros
D.R.
07/02/2013 | 11:39 | Dinheiro Vivo
Talvez ja se tenha sentido tentado a mentir no currículo. Afinal, qual
o problema em dizer que se é fluente em espanhol, mesmo que a única
frase que consegue articular é o refrão da música que fez furor nas
férias do ano passado em Ibiza? O assunto é mais sério do que parece e
convém estar consciente de que o empregador verifica os dados
fornecidos.

De acordo com um estudo da TalentWise, os candidatos entre os 18 e 35
anos são os mais propensos a mentir no CV. A explicação é simples: os
mais jovens estão sempre dispostos a correr mais riscos. Mesmo assim,
não faltam boas razões para ser verdadeiro e não esquecer que mais
vale um CV fraquinho mas honesto, do que um recheado de êxitos que só
existem no papel. Saiba porquê.


Atitude
As capacidades de trabalho são importantes, mas não bastam para
conseguir um emprego. A personalidade é tão importante como a formação
académica e experiência, e o seu potencial empregador não vai gostar
de descobrir que mentiu no currículo. Num mercado de trabalho
competitivo, a atitude pode fazer a diferença entre conquistar ou
deixar fugir a vaga. O ideal é conseguir um equilíbrio entre
competências e atitude.


Referências
Escrever o nome e contactos de antigos empregadores ou ex-chefes é
sempre positivo. Mesmo que o seu futuro patrão não pegue no telefone
para pedir informações suas, o facto de existir essa possibilidade é
um voto de confiança. Mas não vale a pena inscrever nomes sonantes ou
de amigos com títulos académicos de respeito só porque os conhece.
Pense nisto: o que é que isso interessa para o quem o vai contratar?
À sombra do passado
O nosso presente constrói-se sobre as fundações e méritos conquistados
no passado. A história deve falar por nós, mas não vale a pena ficar
sentado à sombra das conquistas passadas. Nada garante ao empregador
que o sucesso que teve numa empresa seja sinónimo de uma prestação
idêntica, caso lhe conceda o lugar. Mostar versatilidade, capacidade
de adaptação e aprendendizagem é melhor do que passar a vida a
mitificar o passado.


Espanhol? Venga, claro que si
Uma das mentiras mais clássicas nos currículos diz respeito aos
idiomas. Quase todos os candidatos são fluentes na língua mãe, no
inglês, além de se desenrascarem bem no francês e dar uns toques no
espanhol. Verdade? Claro que não, e esta é daquelas mentiras fáceis de
apanhar: basta perguntar. Num mundo cada vez mais global, a
possibilidade de os seus conhecimentos linguísticos serem postos à
prova é elevada. Se não quer passar vergonhas, é simples: basta ser
verdadeiro.
Mentiras estudadas
Hoje em dia há estudos para tudo e mais alguma coisa, e o universo do
recrutamento não é exceção: mentiras nos currículos, enganos e
omissões típicas, idades dos candidatos e comportamentos mais comuns,
está tudo escrito. E uma coisa é certa: quem faz as entrevistas
conhece bem o manual.

http://www.dinheirovivo.pt/Emprego/Artigo/CIECO099013.html?page=0

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