segunda-feira, 7 de maio de 2012

Portugal recruta engenheiros agrónomos

03.05.2012
Com a taxa de desemprego a manter a sua rota ascendente, Portugal
parece estar apostado em reforçar o regresso ao investimento nos seus
sectores mais tradicionais. A comprová-lo está a mais recente entrada
para o top 10 das profissões com maior procura no Expresso Emprego.

A análise detalha das estatísticas relativas às ofertas publicadas em
abril, revela que o país procura engenheiros agrónomos e
silvicultores.


A profissão não lidera as oportunidades de trabalho divulgadas - que
se mantém ligada às funções mais comerciais - mas a verdade é que a
procura de engenheiros agrónomos conseguiu superar, no mês passado, a
procura de engenheiros informáticos. Os primeiros puderam tentar a sua
sorte em 55 ofertas divulgadas (num total de 464), enquanto os
segundos se ficam por 50 oportunidades, a par com os engenheiros
físicos e abaixo dos engenheiros do ambiente.




Vendedores, analistas, diretores comerciais continuam a liderar o
número de oportunidades de trabalho divulgadas no universo Expresso
Emprego (versão impressa e site) que este mês sofreu um ligeiro
decréscimo nas ofertas divulgadas registando 464 oportunidades e
52.671 candidaturas durante todo o mês de abril. Mas ainda que o
sector da engenharia não lidere o ranking, a terceira posição é sua,
em muito devido ao número de ofertas divulgadas para oportunidades de
trabalho além-fronteiras.

Os engenheiros portugueses são cada vez mais requisitados para
desempenhar funções noutras paragens como Angola, Escócia, Brasil,
Moçambique, Noruega, Alemanha e Bélgica. Oportunidades que se alargam
também a profissionais de outros sector, como a saúde que em abril
ocupou a segunda posição entre os sectores de atividade que mais
empregos geraram. O ranking sectorial é liderado pela construção e
indústria que registaram, maioritariamente, ofertas laborais para o
estrangeiro. Na terceira posição surge o sector do comércio,
franchising e vendas, logo seguido pelas tecnologias de informação.



O sector automóvel é o que regista menores oportunidades de trabalho,
como espelho das dificuldades que atravessa em território nacional.
Entre os que menos ofertas divulgaram estão também os sectores do
marketing e publicidade, bem como o sector público. Quem também não
tem a vida facilitada são os arquitetos que figuram entre os
profissionais que registaram o menor número de ofertas no passado mês.
No mesmo ranking - o dos menos procurados pelo mercado - estão também
os jornalistas, os advogados, formadores, psicólogos, médicos
veterinários, técnicos de redes, rececionistas e tradutores e
interpretes.



Durante o mês de abril, o expressoemprego.pt registou 3036 novos
registos e 9.644 atualizações de currículos na sua base de dados. O
seu público continua a ser maioritariamente feminino e qualificado.

http://diarioagrario.blogspot.pt/2012/05/portugal-recruta-engenheiros-agronomos.html

8 comentários:

Cláudia disse...

Pena é que só nos pagam 500 euros ou menos, ou como acontece também muitas vezes, pregam-nos o calote! E cada vez pedem mais formações e experiência!

Anónimo disse...

Muito bem dito Claudia!Estas noticias são demagogia pura, para não falar dos colegas que estão a trabalhar à borla..

Anónimo disse...

Trabalhar à borla não se chama trabalhar, chama-se voluntariado...
Trabalhar por pouco $ chama-se, escravidão.
Uma pergunta: porque é que se sujeitam a isso?
q tal dizer não e emigrar?
Ao aceitarem trabalhar por tuta e meia só estão a perpetuar o problema! Criem um movimento cívico para lutar contra ofertas de emprego miseráveis.
Se continuarem a aceitar estão a aceitar serem o elo mais fraco...
A escravidão acabou há séculos. Portugal até se orgulha de ter sido o primeiro pais do mundo a abuli-la.

Anónimo disse...

Tem toda a razão, mas há sempre um toto que aceita o trabalho...

Anónimo disse...

Formação Superior de 5 anos, paga abaixo, do que se paga à '' senhora da limpeza'' !

Não aceitem isto !

Cláudia disse...

Pois foi mesmo o que fiz, sai do pais! Mas realmente há sempre alguém que aceita as condições que lhe são impostas...Porque nem todos querem, ou podem deixar o pais...

Anónimo disse...

Infelizmente neste pais tem de se pagar para trabalhar, e sair do pais quem tem filhos pequeninos a estudar e sem ajuda familiar é muito complicado. Mais grave é que nem trabalhando à borla se arranja trabalho.
Estou muito desiludida com o meu pais.

Anónimo disse...

No Brasil, apesar de terem muitas ofertas de emprego, a maioria exige formações e experiências muito específicas, dificultando o acesso da maioria dos desempregados, isso, falando-se de nível superior, já para os empregos que exigem menos escolaridade há muitas oportunidades, a dificuldade é encontrar quem realmente queira trabalhar e não apenas cumprir horário!

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